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Entendendo mais sobre Lesão Encefálica Adquirida (LEA)

Lesão Encefálica adquirida (LEA) é uma lesão provocada no cérebro que ocorre depois do nascimento, em qualquer fase da vida e que não é congênita ou degenerativa. Existem dois tipos de lesão encefálica adquirida: traumática e não traumática.

O Traumatismo Craniano (TCE) decorre de trauma causado por uma força mecânica externa que cause dano por impacto e/ou aceleração rápida, ondas de choque ou perfuração por projétil. O TCE pode ser fechado ou aberto (com perda de massa encefálica).

A lesão não traumática é uma alteração no funcionamento cerebral causada por uma doença interna. 

As principais causas de LEA são:


  • Lesão traumática (TCE): acidentes de carro e motos, quedas, assalto e acidentes durante práticas esportistas

  • Lesão não traumática: Acidente Vascular Encefálico (AVE) hemorrágico ou isquêmico, processos infecciosos (Meningite ou Encefalite), Tumor, Exposição tóxica,  doenças metabólicas, diminuição de oxigênio no cérebro


Conheça mais sobre os efeitos de um machucado no cérebro aqui.https://www.youtube.com/watch?v=213Wcb6iIT8


Consequências da LEA

Diversas mudanças podem surgir e mudar a vida de quem teve uma lesão no cérebro. Algumas dificuldades aparecem imediatamente, como a fraqueza em um lado do corpo ou dificuldade para falar. Outras são mais sutis, demoram um tempo para aparecer e são invisíveis aos olhos. As mudanças podem ser agrupadas em três categorias: físicas, cognitivas e emocionais/comportamentais.

Exemplos de mudanças físicas:

  • Dificuldade de coordenação motora

  • Diminuição de força

  • Mudança nos sentidos: dificuldade visual, auditiva e perda do olfato ou paladar

  • Dor de cabeça

  • Tontura

Exemplos de mudanças cognitivas:

  • Dificuldade de comunicação

As dificuldades de comunicação pós LEA incluem dificuldade para falar e/ou para escrever e são denominadas afasia. A afasia pode incluir dificuldade para formar frases, lembrar o nome das palavras, compreender o que é dito, dificuldade em articular as palavras, uso constante de uma palavra para expressar coisas diferentes e até perda total da capacidade de se comunicar pela fala, pela escrita e pelo uso de símbolos.

Para saber mais: O que é afasia, https://www.youtube.com/watch?v=-babqBDrtqE, como ajudar um afásico https://www.youtube.com/watch?v=J3q-71-jrY8 e o afásico redescobrindo a vida https://www.youtube.com/watch?v=EalMRg3JpMs e Estratégias que podem ajudar https://www.youtube.com/watch?v=KYklqharirk

  • Cansaço

O cansaço pós lesão encefálica adquirida é chamado também de fadiga mental. A fadiga mental é diferente do cansaço que as pessoas que não tiveram lesão cerebral sentem: ela surge após um curto período de tempo que a pessoa está fazendo a tarefa, faz com que a pessoa se sinta exausta e sem energia para seguir seus compromissos e sua rotina. Além disso, a fadiga pode não desaparecer completamente após o descanso. É difícil de entender como a fadiga pode surgir após atividades que eram triviais, como ler um livro ou conversar com amigos. É como se o cérebro fosse a bateria de uma celular, que após a lesão, passa a funcionar com defeito. Gasta mais energia para realizar as mesmas atividades e mesmo recarregando a bateria, ela é gasta rapidamente.

As causas da fadiga mental pós LEA não estão totalmente esclarecidas, mas parecem envolver prejuízo na interação entre áreas cerebrais e o aumento da energia gasta para realizar as atividades. Você pode encontrar mais informações sobre a fadiga mental neste vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=EBPKYWkmaRs&t=4s)



A fadiga pode intensificar dificuldades cognitivas, isto é, uma pessoa que tem problema de concentração e de memória pode ficar mais distraída e esquecida quando está fadigada. Além disso, ela pode ficar também mais irritada ou apática para interagir com os outros, ou ainda, pode ficar mais crítica ou impulsiva e ter menos habilidades para agir socialmente. A fadiga reduz momentaneamente os recursos cognitivos e sociais, mas cada pessoa pode expressar essa mudança de um jeito diferente. Por exemplo, ficar mais lento para pensar e agir, cometer mais erros e se distrair com facilidade são maneiras diferentes de expressar um problema de atenção. Você pode conhecer sobre a experiência de três pessoas que têm fadiga pós lesão encefálica adquirida aqui (https://www.youtube.com/watch?v=fcyJcAaFlvc&list=PLn_79TRwwy6MnX-T4hQPP7Qrp1Zx6C1dF)

Identificar os sinais que o seu corpo dá quando está cansado é o primeiro passo para manejar a fadiga. O segundo passo é parar quando percebe os sinais, mesmo que venha a impressão que dá para continuar fazendo a atividade. Aceitar os limites impostos pela fadiga mental é um processo longo, mas extremamente necessário para a recuperação. Neste vídeo, r você pode ver dicas de como lidar com a fadiga https://www.youtube.com/watch?v=UESLlTRfcpU&t=3s



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O QUE É NEUROPSICOLOGIA

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano. Dentro dela, existem diversos campos de atuação profissional e cada um deles define de que maneira o comportamento será analisado. Dentre eles, existe a Neuropsicologia.


Este ramo da Psicologia investiga a relação entre o comportamento humano e o funcionamento do Sistema Nervoso, que é a parte do organismo responsável por captar estímulos do ambiente, processá-los e gerar respostas adequadas, organizando assim as atividades corporais. Assim, estruturas como o cérebro recebem essas informações e a traduzem para o corpo, por meio de capacidades como o pensamento, a memória, a motivação, a linguagem e os movimentos habilidosos - essa tradução é chamada de cognição (Serafim et al, 2020).


Dessa forma, a Neuropsicologia tem como objetivo estudar e compreender as funções cognitivas, a emoção e aspectos da personalidade; quais alterações podem existir e por qual motivo; e o impacto de lesões ou disfunções cerebrais na expressão do comportamento humano. Ao entender isso, podemos pensar quais são as melhores atitudes para diminuir as dificuldades e melhorar a qualidade de vida e saúde mental das pessoas.


Os processos emocionais estudados na Neuropsicologia envolvem o manejo da resposta emocional, a expressão do afeto e a regulação emocional. Já os processos cognitivos incluem capacidades de:

  • Atenção;

  • Memória;

  • Linguagem;

  • Percepção;

  • Funções Executivas - Planejamento, gerenciamento e execução de planos simples e complexos, abstração, inibição de comportamentos, entre outros;

  • Funções Motoras (também chamadas de praxias);

  • Funções visuoespaciais; e

  • Orientação temporal e espacial.


Da mesma maneira que afetam o corpo, certas doenças físicas e transtornos psiquiátricos podem afetar o funcionamento do cérebro e a cognição, consequentemente interferindo na capacidade adaptativa da pessoa e na sua habilidade de fazer suas atividades diárias, profissionais e sociais. Isso pode causar problemas a curto e a longo prazo, se não forem devidamente reconhecidos e trabalhados (Camargo et al, 2014).


O QUE É E PARA QUE SERVE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Para saber como estão as funções cognitivas e emocionais de um indivíduo em um determinado momento e como isso pode estar o ajudando ou atrapalhando, é necessário realizar uma avaliação neuropsicológica.


A Avaliação Neuropsicológica é o processo de investigação dessas funções cognitivas e o impacto que elas têm na vida do paciente naquele momento. É como se fosse um recorte da vida da pessoa, identificando forças e fraquezas, recursos e capacidades que ela apresenta ou não.


Quando falamos de alguém que teve uma lesão no cérebro, a Avaliação Neuropsicológica é um instrumento básico para entender as dificuldades e as demandas específicas de cada caso. Cada lesão é diferente e a forma como isso irá afetar o funcionamento diário do paciente irá variar bastante.


A avaliação neuropsicológica pode servir para:

  • Auxiliar no diagnóstico, investigando alterações, forças e fraquezas do indivíduo, além de tentar entender qual o problema, de onde ele pode ter surgido e como ele se apresenta;

  • Estabelecer um prognóstico, ou seja, avaliar o curso de evolução e impacto da dificuldade a longo prazo, quais recursos estão disponíveis para ajudar ou dificultar uma melhora e quais os efeitos do tratamento, se já tiver sido iniciado;

  • Compreender capacidades funcionais e limitações do paciente, e oferecer orientações ao paciente e familiares quanto ao tratamento;

  • Ajudar no planejamento da reabilitação: nesse caso, a avaliação funciona como um mapa para observar quais funções cognitivas devem ser reforçadas ou substituídas por outras, e oferecer possibilidades de melhora na qualidade de vida do paciente;

  • Identificar possíveis tratamentos adicionais necessários com outros profissionais de saúde (fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicoterapia etc);

  • Pesquisa da atividade cognitiva na população e nas patologias; e

  • Questões forenses e previdenciárias, investigando capacidade civil e cumprimento das funções legais do sujeito e ajudando a garantir seus direitos cívicos.


A Reabilitação Neuropsicológica vai ser desenhada com base nas particularidades de cada caso, pois foca nas dificuldades específicas e nas capacidades preservadas do paciente. Envolve diversas estratégias, incluindo educar o paciente e os familiares sobre a condição, psicoterapia, acolhimento e orientação de familiares, além do trabalho conjunto e integrado entre vários profissionais da saúde.


O trabalho integrado entre os profissionais de diferentes especialidades é essencial para a evolução do paciente. Para isso, é importante a avaliação neuropsicológica estar acompanhada da avaliação clínica, psiquiátrica e/ou neurológica, dependendo do seu objetivo específico.


ONDE PROCURAR MAIS INFORMAÇÕES


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PROBLEMAS DE MEMÓRIA

Depois de uma lesão encefálica adquirida, a memória pode ser afetada de várias maneiras, mas dificilmente ela vai parecer como os problemas de memória que vemos nos filmes, onde as pessoas esquecem totalmente o passado ou não lembram nada do dia que passou. Na prática, as dificuldades de memória pós LEA dependem do tipo de informação que vai ser recordada e da maneira que ela é processada no cérebro. Por exemplo, é possível que uma pessoa não consiga lembrar o conteúdo de uma conversa recente, mas consiga lembrar como tocar violão. Isso acontece porque nosso cérebro é tão complexo que tem vários tipos de memória, cada um responsável por um tipo de atividade e localizado em um pedacinho do cérebro. Depois da lesão, podem ocorrer dificuldades em um tipo de memória, mas não em outro. O local e a gravidade do machucado no cérebro podem determinar a extensão da dificuldade de memória, mas nem sempre há uma relação entre gravidade da lesão e extensão do problema.

A memória não é uma habilidade única, ela é dividida em dois sistemas: memória de curto prazo e de longo prazo. A memória de curto prazo é a memória do “aqui e agora”. Ela é responsável por lembrarmos da informação apenas até precisarmos dela, por exemplo: lembrar do número de telefone enquanto disca, lembrar do pedido do sabor da pizza enquanto fala com a atendente, seguir a informação dada pelo frentista para chegar ao destino procurado. As dificuldades de memória de curto prazo mais comuns são: perder o “fio da meada” durante uma conversa e esquecer da tarefa se for interrompido. A memória de curto prazo geralmente não é prejudicada pelo TCE, mas pode ser prejudicada pela dificuldade da pessoa manter a atenção na realização da tarefa.

Memória de Longo Prazo

É a memória responsável por aprender, guardar e lembrar de fatos marcantes da vida da pessoa e de datas comemorativas. Depois de um TCE, podem acontecer dificuldades específicas para aprender uma informação nova ou  para lembrá-la depois de um tempo. Essa dificuldade de lembrar de uma informação que já aprendemos é chamada de amnésia.

A amnésia pode interferir na recordação das situações vividas antes do acidente, desde lembranças da infancia até recordar momentos antes do acidente. Ela também pode impedir a recordação de itens que aconteceram depois do acidente. Por exemplo, a pessoa conversa normalmente mas tem dificuldade para recordar o que foi dito depois de um tempo da conversa.  


Fatores que pioram a memória:

  • Cansaço e falta de sono

  • Stress

  • Emoções intensas como ansiedade, depressão e raiva

O que fazer?

  • Estabeleça uma rotina para suas tarefas diárias.

  • Use agendas, alarmes, avisos sonoros para se lembrar dos compromissos.

  • Ande com um bloco de anotações e anote tudo o que foi importante.

  • Leia o bloco de anotações todos os dias.

  • Risque a tarefa do bloco depois de terminá-la.

  • Faça associações entre a informação nova é uma maneira de se recordar dela.

  • Dê “pistas” (palavras-chave) para que a pessoa lembre do que foi falado.

  • Repita as informações para você mesmo algumas vezes;

O que não fazer?

  • Evite perguntar “você lembra que ...”? É possível que a pessoa não se lembre. Ao invés disso, diga a informação novamente.

  • Evite dizer “você só lembra do que quer”. A dificuldade de memória pode ser específica para um tipo de lembrança. Além do mais, os fatores emocionais também podem ajudar ou atrapalhar a recordação da informação.

  • Evite fazer pegadinhas ou testar a memória da pessoa, isso pode ser muito frustrante para o paciente. É mais fácil lembrar de coisas do passado, coisas da infância e o que você aprendeu na escola.


Dificuldade em iniciativa

Pessoas com dificuldade de iniciativa, perdem a capacidade de fazer acontecer as coisas naturalmente. Apesar de querer e conhecer a necessidade, precisam de ajuda para identificar a sequência de passos necessários para completar uma ação. Muitas vezes, a falta de iniciativa ou apatia é confundida erroneamente com preguiça, falta de energia, vontade, interesse e depressão.

Tanto a falta de iniciativa como a depressão dificultam a realização de atividades, porém, a pessoa deprimida percebe sua condição e sofre muito com isso.  Ela sente tristeza com as perdas sofridas com a lesão encefálica adquirida, é crítica em relação a si e aos outros e não tem tanta esperança no futuro.

A pessoa apática ou com falta de iniciativa percebe razoavelmente sua situação, mas não tem sofrimento psíquico intenso.


  • Dificuldade em tomar decisões e ter crítica adequada da situação


  • Dificuldade em planejamento e organização 

Exemplos de mudanças emocionais/comportamentais:

  • Depressão

  • Irritabilidade

  • Dificuldade de interagir com as pessoas

  • Dificuldade em perceber as mudanças

  • Impulsividade

Recuperação e Tratamento pós LEA


A notícia de uma lesão encefálica adquirida vem com a força de um tsunami, trazendo mudanças, sofrimentos, incertezas e dúvidas para todos os lados. Nesse cenário, é muito comum que pacientes e familiares se perguntem quanto tempo as coisas vão demorar para voltar a ser o que eram antes e quanto tempo vai demorar para que a recuperação aconteça por completo.


Contudo, é impossível estimar quanto tempo durará a recuperação pós LEA e como será esse processo. Ele não é linear, constante e igual para todas as etiologias da LEA.  Por exemplo, em casos de trauma, as primeiras semanas após a lesão incluem inchaço, sangramento e alterações químicas podem afetar o tecido cerebral saudável, mesmo que aparentemente nada de diferente aconteça.  À medida que o inchaço diminui, o fluxo sanguíneo e a química do cérebro melhoram, as mudanças cerebrais também passar a ser observadas clinicamente, tais como melhora do nível de alerta, respostas mais apropriadas a comandos e melhora nainteração com os familiares.


Outra característica do processo de recuperação pós LEA é que a recuperação física acontece inicialmente e de forma mais intensa e paralelamente, ocorre a recuperação cognitiva e emocional, que tem um funcionamento particular. A recuperação costuma ser mais rápida e expressiva nos primeiros meses e anos, porém, ela continua por longos períodos.



Outros fatores também interferem na recuperação pós LEA são:

  • tipo e gravidade da lesão que a pessoa teve

  • o local da lesão

  • a idade da pessoa

  • o acesso aos tratamentos adequados

Alterações Emocionais pós LEA


Muitas pessoas podem apresentar dificuldade de entender e controlar suas emoções após uma lesão encefálica adquirida. É comum ouvir as pessoas falando que acreditam que estão ficando loucos, o que não é verdade. A LEA pode provocar mudanças na forma de reagir e lidar com sentimentos.

Pode acontecer da pessoa mudar de sentimento de uma hora para outra sem que nada tenha acontecido, como ela também pode se irritar, sentir muita raiva ou rir sem motivo aparente. Esses sentimentos fora de controle, e geralmente incompreendidos fazem com a pessoa se sinta como numa gangorra, com sentimentos contraditórios e inesperados.  As alterações emocionais também repercutem e impactam nas relações sociais. Sem entender a origem do problema, cada um cria uma interpretação que parece plausível, porém, sem saber se de fato a explicação é adequada.



O que não falar para quem teve LEA


  • “Eu conheço alguém que teve lesão no cérebro e sofreu muito, tadinho”

Sofrer uma lesão cerebral pode deixar qualquer pessoa fragilizada e ansiosa em relação ao futuro. Comparar dificuldades e a recuperação de duas pessoas pode deixar o paciente ainda mais temeroso e inseguro. Além disso, a avaliação do impacto de uma lesão cerebral depende de inúmeros fatores, tornando impossível comparar a evolução de duas pessoas que tiveram o mesmo tipo de lesão cerebral.

  • “Nossa você está ótima, nem parece que teve uma lesão no cérebro”

Para os sobreviventes, os efeitos de uma lesão cerebral adquirida podem se manifestar de maneiras diferentes, incluindo alterações físicas, cognitivas e emocionais. As alterações físicas são visíveis e o paciente é acompanhado por diversos profissionais de saúde, tais como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. Além dessas alterações, ocorrem também algumas mudanças que não tão facilmente visíveis: alterações emocionais (irritação, oscilações constantes no humor, depressão, ansiedade e desesperança) e também alterações cognitivas (esquecimentos, modo de falar, atenção, rapidez de raciocínio, controle de impulso e tomada de decisão. Essas dificuldades por serem “invisíveis”, tendem a ser notadas somente ao longo do tempo, quando a pessoa não consegue mais fazer o que fazia antes. Por isso, evite julgar a recuperação da pessoa apenas pela sua condição física.


  • “Ah!... Eu também esqueço, tenho que anotar”

Todos nós esquecemos, mas o esquecimento decorrente de uma lesão cerebral é diferente porque a pessoa esquece coisas com frequência muito maior que pessoas saudáveis e além disso, tem muito mais dificuldade de recordar um assunto esquecido. A informação simplesmente some da cabeça, tanto na hora que precisa dela, quanto para recordar depois!

  • “Talvez você não esteja se esforçando o suficiente”

Preguiça não é o mesmo que apatia, falta de interesse, motivação ou emoção.


  • “Quantas vezes eu tenho que repetir para você”

Pessoas com lesão tem maior dificuldade de assimilar

  • “Você tem idéia do quanto eu faço por você”

Faz o paciente sentir-se culpado

  • “Seu problema é a medicação que você toma”

Por causa dos efeitos colaterais, excesso de sono, insônia, ganho de peso, disfunção sexual,manias, problemas de memória, concentração. Eles  são mais sensíveis aos efeitos colaterais.

  • “Deixa que eu faço isso por você”

O Paciente ao ouvir isso pode se sentir inútil e incapaz

  • “Pense positivamente”

É inerente à vontade do paciente ser negativo ou pessimista, faz parte do processo.

  • “Você tem sorte de estar vivo” “O que aconteceu com você foi um milagre”

O paciente não se sente sortudo por estar vivo

  • “Pare de usar essa lesão cerebral como desculpa”

Dá a sensação que o paciente não quer fazer as coisas

  • ​“Sua memória é seletiva, você só lembra o que quer”

Existem vários tipos de memória, mas

(Não há uma razão para lembrar ou esquecer e não existe memória seletiva).

  • “Quando você volta ao trabalho?”

Voltar ao trabalho é um dos maiores desejos pós lesão cerebral e esse assunto costuma gerar incerteza, ansiedade com a recuperação e frustração nos pacientes. A possibilidade de trabalhar novamente é influenciada por inúmeros fatores, tais como ocupação anterior, nível de escolaridade e outros que não dependem do paciente: situação econômica no país, tempo de recuperação e estabilidade laboral. Ao invés de perguntar sobre o trabalho, pergunte sobre atividades que o paciente tem feito e que são produtivas para ele, tais como desenvolver uma habilidade, participar de um evento....

Como lidar com as alterações emocionais:


  • Identifique as situações que te causam alteração de humor.

  • Pense em alternativas para lidar com as situações que causem algum desconforto ou irritação.

  • Tente encontrar estratégias para se controlar, como manter a calma, respirar profunda e tranquilamente várias vezes, sair do local ou contar até dez.

  • Não enfatize as dificuldades, valorize cada coisa boa que conseguir fazer.

  • Evite comparações entre como você era e como está atualmente.

  • Quando algo te aborrecer ou irritar mude o foco para outra atividade.


Direitos Previdenciários


Links Importantes


http://www.redebrasilavc.org.br/


https://meucerebromudou.wordpress.com/


http://www.redelucymontoro.org.br/


https://aacd.org.br/


https://www.abtce.com.br/


https://www.sesisp.org.br/para-voce/reabilitacao


http://www.seremcena.org.br/


http://www.sarah.br/


http://www.saude.go.gov.br/?unidades=crer-centro-de-reabilitacao-e-readaptacao-dr-henrique-santillo


https://www.braininjurycanada.ca/acquired-brain-injury/

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